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O Laboratório Nacional de Astrofísica, situado em Brazópolis, no Sul de Minas, está enfrentando sérios desafios devido às queimadas na região. A combinação de poeira, condições de tempo seco e fuligens geradas pelas queimadas tem formado uma densa névoa, comprometendo a observação do céu.
Localizado no Observatório Pico dos Dias, a 1.864 metros de altitude entre os municípios de Brazópolis e Piranguçu, o laboratório tem sentido a visibilidade de cidades vizinhas diminuir drasticamente. Essa obstrução da vista é visível até a olho nu, prejudicando as pesquisas dos astrônomos.
Nossa equipe de jornalismo conversou com o Diretor do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) e professor titular na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Wagner Corradi, que falou sobre esse impacto das queimadas nos trabalhos científicos.
Ouça a áudio:
Além da visibilidade comprometida, as queimadas têm exigido um aumento significativo nas manutenções dos equipamentos, que antes recebiam limpezas em intervalos regulares, e agora tem a necessidade que esse procedimento seja feito quase duas vezes por semana devido à quantidade de fuligem.
Nossa equipe conversou ainda com Saulo Gargaglioni, Coordenador do Observatório do Pico dos Dias que falou sobre a dificuldade em observar o céu tanto com equipamentos quanto a olho nu.
Assita ao vídeo:
Mesmo os telescópios, que geralmente são ferramentas eficazes para a observação astronômica, têm sua capacidade severamente reduzida. Apontando para baixo, eles não conseguem captar a qualidade de imagem desejada em condições atmosféricas livres de poluição.
O impacto das queimadas vai além da astronomia, ressaltando a necessidade urgente de ações para mitigar os incêndios e preservar não apenas a fauna e flora, mas também a integridade das pesquisas científicas que dependem de um céu limpo.
Da redação, Weber Gomes.
